Produção da maquete do Centro Cultural – jun/14

Cartolina, lápis de cor, cola, tesoura, papelão, massinha de modelar… Ao entrar no encontro realizado pela Rede Social de Angico, Peixe e Região em junho passado, as pessoas se deparavam com itens como esses. Ao contrário do que se podia imaginar, os materiais escolares não estavam ali dispostos sobre a mesa para um curso de artes ou uma atividade recreativa. Eles foram utilizados para dar o primeiro passo rumo a realização de um sonho da comunidade: o projeto do Centro Cultural de Angico.

A reunião teve como principal objetivo a construção de uma maquete para o futuro Centro. Na primeira etapa do encontro, todos os participantes foram convidados a refletir sobre seus sonhos para a comunidade, os detalhes de um espaço cultural e as atividades que gostariam que ele reunisse. “Foi incrível poder ouvir os desejos das pessoas e já ver elas começando a pensar estratégias para tirar do papel aquelas ideias”, diz Cássia Quele Pereira da Costa, que coordenou a atividade tendo como base as técnicas que aprendeu durante sua experiência no Guerreiro Sem Armas, programa de formação de novas lideranças (confira reportagem aqui).

Na segunda etapa da reunião, foi o momento de utilizar aqueles elementos disponíveis para materializar na forma de uma maquete o que esperam do Centro Cultural de Angico. Durante o processo, constatou-se que todos queriam ir além do projeto que começou esse movimento na comunidade. Inicialmente, a ideia era construir uma midiateca, um espaço com livros, computadores, CDs, DVDs e áreas de estudo e pesquisas escolares. “Nos bate-papos, fui percebendo que as pessoas sonhavam mais alto e queriam mais; assim, ampliamos para um Centro Cultural completo”, diz Cássia.

Dessa forma, a maquete contemplou os demais desejos dos participantes, como, por exemplo, sala para aulas de dança, música, teatro e desenho e local para encontros do grupo de idosos e reuniões da Rede. “Os sonhos ganharam forma e, o principal, com a participação de todos, da maneira que eles imaginavam”, diz Cássia. O próximo passo é estudar meios de viabilizar a construção do Centro Cultural de Angico. Uma das propostas é fazer no sistema de mutirão, semelhante ao utilizado com sucesso na Praça São José, que ganhou vida através da mobilização comunitária (leia a reportagem aqui).