Como identificar os problemas que afligem minha comunidade? É difícil elaborar um projeto para resolvê-los? O que devo fazer para tirar as ideias do papel? São questões como essas que, nos próximos meses, os moradores das comunidades de Angico dos Dias e dos chamados Baixões (Baixão Grande, Baixãozinho e Baixão Novo), no município de Campo Alegre de Lourdes (BA), vão analisar em oficinas de capacitação coordenadas pela equipe do Instituto Lina Galvani, em parceria com especialistas da consultoria Impakktus.
As oficinas têm como foco principal discutir com os moradores os temas que eles consideram importantes para a aprimorar suas localidades e prepará-los para o desenvolvimento de projetos que serão inscritos nos Encontros de Ideias e Ações, um novo modelo de edital que o Instituto pretende lançar até o final do ano. O objetivo final dessa iniciativa: selecionar as melhores ideias que abordam soluções para problemas sociais locais e dar a elas o apoio para serem desenvolvidas ou aprimoradas na região.
Os principais assuntos que entrarão em pauta nas oficinas já foram definidos nas etapas iniciais do processo, que foram a pesquisa de percepção, as rodas de conversa e o planejamento participativo. Entre os temas levantados pelos moradores e sobre os quais eles pretendem se debruçar nas capacitações e nos projetos que irão desenvolver estão o investimento em educação, o acesso à água e a implantação da internet. Questões que consideram essenciais para o desenvolvimento social na região e o crescimento das comunidades de forma sustentável.
As oficinas irão abordar pontos como o desenvolvimento de projetos, a busca de metas, a análise de indicadores e a detecção de problemas na comunidade. “Elas também serão um momento para os moradores de Angico dos Dias e dos Baixões criarem uma empatia entre eles, perceberem que as comunidades dividem as mesmas riquezas e trabalharem a coesão comunitária para elaborar projetos juntos, em parceria”, diz Rafael Art, assistente de projetos.
Todas as atividades serão desenvolvidas de uma forma leve, participativa e dinâmica. “Falar de negócios socioprodutivos e fazer a contextualização histórica não precisa ser algo chato. Nós trazemos uma concepção de trabalho bem lúdica, com jogos cooperativos como a caça ao tesouro, por exemplo, para abordar os temas”, explica Petrina Santos, consultora da Impaktus. “Além disso, trabalhamos com o repertório dos moradores nas atividades, com fotos e assuntos que remetem à questão local. Como pregava Paulo Freire: deve-se partir da realidade do outro”, completa.
Quer saber mais sobre as oficinas de capacitação e como elas vão ocorrer? Confira a entrevista especial que fizemos com a consultora Petrina Santos.
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