Vitória Regina Betold, tem 10 anos e sempre morou em Betel (Paulínia, SP), que inclusive é p bairro onde nasceu seu pai. Ela é uma das crianças que participa do Viva Betel, projeto do ILG em parceria com a Associação de Moradores de Betel e Alvorada Parque (AMBAP), onde faz aulas de karatê. Nesta entrevista Vitória fala do que tem aprendido com o projeto e de como pode ajudar a melhorar o seu bairro.

Vitória (à esquerda) com as amigas durante atividade do ILG em Betel - dez/2011

Desde quando você participa do Viva Betel Karatê?
No karatê eu comecei faz um ano. E antes do karatê eu fazia o jazz (atividade também oferecida pela AMBAP), que eu comecei em 2010. Eu gosto muito de fazer essas atividades, elas deixam a gente mais feliz. Eu estou na faixa amarela no karatê e vou começar a participar das competições agora.

O que você pode dizer que aprendeu com essas aulas?
Muita coisa. A ter concentração e a ter segurança. E isso não só aqui no karatê, mas em outras coisas da minha vida.

Você acha que as crianças que participam deste projeto se tornam mais responsáveis, ajudam mais em casa e vão melhor na escola?
Sim. Fez diferença pra mim, eu estou indo muito melhor na escola, minhas notas estão melhores. Eu vejo isso com as minhas amigas também, a Laís, a Nicole, a gente está igual, todo mundo indo bem.

Você recomendaria o Viva Betel Karatê para outras crianças do bairro? Por quê?
Sim. Porque ajuda na escola, e também a ter mais confiança em si mesmo. Você sente que está se transformando numa criança melhor.

Com relação ao bairro de Betel, o que você acha que precisa ser melhorado?
Tem bastante roubo, tava até passando na televisão, meu pai tava assistindo ontem no jornal regional, tinha um monte de assaltante no bairro. O lixo também, as pessoas jogam muito lixo na rua. A gente foi fazer uma pesquisa pra aula de ciências, e deram mais de três folhas de coisas que achamos na rua.

Você acha que você pode fazer alguma coisa para melhorar o bairro, o quê?
Sim. Não jogar lixo na rua, é uma delas. Tem várias coisas também que eu aprendo na escola ou no karatê e que eu ensino aqui em casa, pra minha mãe e pro meu pai.