Uma importante ferramenta para a formação da Rede Social Solidária de Betel, em Paulínia (SP), é o Café com Empresas, encontros promovidos pelo ILG, que reúnem representantes de companhias instaladas no bairro e proporcionam o diálogo sobre a comunidade e a troca de informações entre as companhias, entidades e setor público. O objetivo: a busca de um projeto social conjunto em prol do Betel. Entre as empresas que participam das conversas, realizadas desde 2012, está a InVivo-NSA. Este mês, conversamos com Elisabete Altheman, Gerente de Recursos Humanos, sobre o envolvimento da empresa no projeto, ideias que já surgiram dos encontros e as expectativas com relação ao que pode ser feito no bairro a partir dessa iniciativa.

Elisabete Altheman, Gerente de RH da InVivo-NSA

Como a InVivo se envolveu na Rede Social Solidária de Betel?
Recebemos a visita dos representantes do ILG e ficamos conhecendo o trabalho realizado pelo Instituto. Fizemos uma avaliação e identificamos que o projeto é bem-estruturado e lida na região na qual a empresa está inserida. Por conta disso, desde 2010 o incluímos em nossa política de apoio a projetos sociais.

Como a chegada do Café com Empresas incrementou essa parceria?
Até então contribuíamos com a destinação de recursos. Com a formatação desse projeto pelo Instituto, passamos a participar das reuniões e nos engajar. Por meio do Café com Empresas, pudemos conhecer o mapeamento que o ILG fez do bairro e quais as principais carências apresentadas pela comunidade. Além disso, é uma forma das empresas também apresentarem sua visão e discutirem como contribuir para o desenvolvimento do Betel e de que maneira isso pode representar uma troca entre as fábricas da região e a população.

Na sua opinião, quais as principais questões levantadas nas reuniões até o momento?
Estão sendo levantadas várias questões importantes. Um problema que identificamos é que, muitas vezes, as empresas acabam tendo que buscar mão-de-obra em outros bairros ou mesmo em outros municípios. Então estamos analisando por que isso acontece, como reverter essa situação, como são as políticas sociais da Prefeitura e de que forma elas implicam nas características do mercado local, como são realizadas as campanhas preventivas, o que se pode fazer a mais do que já há. Enfim, estamos na fase de conhecer as questões socias colocadas pela comunidade e apresentar a visão e as necessidades das empresas também.

E que caminhos já estão sendo identificados?
Estamos discutindo ações e que propostas podemos levar para a comunidade. Por exemplo, de que maneira atingir os jovens da região, como conscientizá-los da importância de permanecer na escola e de se preparar para o mercado de trabalho, como despertar seu interesse pela capacitação e comunicar a eles que as ajudas sociais por parte do poder público podem ser um começo e um meio, mas não devem ser um fim. Buscamos formas de contribuir para seu crescimento social e pessoal e de torná-los responsáveis pelo seu desenvolvimento.

O Café reúne empresas de diferentes perfis, o que essa mescla proporciona?
As reuniões acabam ampliando nossa visão. Pois algumas empresas e instituições focam mais no desenvolvimento de programas sociais, nos problemas no bairro e no resgate das pessoas que os enfrentam. Outras têm um direcionamento maior para a preparação dos jovens para o mercado de trabalho e identificação de outras demandas. Por isso é importante essa fase de planejamento, na qual cada um expõe sua visão. Tudo para alinhar as percepções e identificar o plano de ação em comum.