O Conselho Administrativo do Instituto Lina Galvani é formado por um conjunto de especialistas que zela pelo cumprimento da nossa missão e dá as diretrizes estratégicas e o suporte para desenvolvermos todas as ações e projetos. Geralmente, essa é uma atividade feita à distância, por meio de reuniões e outros materiais compartilhados pelo Instituto. Porém, desde 2016, os conselheiros também vão à campo para conhecer de perto as atividades que estamos realizando nas comunidades.

Conselho e equipe do Instituto

Depois de visitas a Luís Eduardo Magalhães (BA) e a Serra do Salitre (MG) nos dois últimos anos, chegou a vez de fazerem uma imersão na região de Campo Alegre de Lourdes, na Bahia. Em setembro, os conselheiros Juliana Rehfeld, Cecília Galvani, Ana Maria Wilheime Vinicius Precioso, acompanhados por Ricardo Mastroti, diretor Executivo do Instituto, e Patricia Limeres, nossa coordenadora de Relacionamento Institucional e Comunidades, visitaram a localidade e cumpriram uma agenda repleta de descobertas. Confira os destaques dessa vivência:

GESTÃO COMUNITÁRIA DA ÁGUA

A primeira parada foi no município de Jaguarari, no extremo-oeste baiano. Guiados pelo analista Gaston Santi Kremer, da World-Transforming Technologies (WTT), fundação dedicada a criar negócios de impacto centrados na inovação tecnológica, a comitiva conheceu o projeto de gestão comunitária da água em um distrito local. Capitaneada pela Central das Águas, a iniciativa prevê a instalação de sistemas de abastecimento que, depois de implantados, são gerenciados e mantidos pelos próprios moradores e associações comunitárias.

Esse modelo autossustentável que os conselheiros e a equipe do Instituto conheceram já está presente em 23 municípios do interior da Bahia e impacta cerca de 16 mil famílias rurais. “É um exemplo muito interessante de gestão da água adotado em localidades do semiárido que têm características semelhantes às do povoado de Angico dos Dias, onde atuamos. Portanto, uma alternativa a ser considerada para replicar nesse território”, diz Ricardo Mastroti.

DESTINO HISTÓRICO

No caminho entre Petrolina (PE) e Campo Alegre de Lourdes, o grupo fez uma parada no Parque Nacional da Serra da Capivara. Considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, ele reúne a maior concentração de sítios pré-históricos do continente americano e a maior quantidade de pinturas rupestres do mundo – preciosidades que o grupo pôde ver de perto no passeio.

REALIDADE LOCAL

O terceiro dia foi destinado à comunidade de Angico dos Dias. Pela manhã, os conselheiros visitaram a unidade de mineração que a empresa Galvani mantém na localidade. Depois, conheceram os grupos de geração de renda da Rede Social de Angico, Peixe e Região: Doce Como o Sertão, voltado à produção de quitutes com receitas locais; o Flor do Sertão, com foco no corte e costura e artesanato; e o Horta Esperança, que mantém uma plantação orgânica que foi palco do almoço coletivo da comitiva.

Durante a tarde, além de uma reunião do Conselho, houve o contato com atividades realizadas paralelamente pelo Instituto nesse dia, como a Roda de Conversa com a comunidade. Para fechar a visita, todos acompanharam a apresentação do grupo de capoeira, um dos projetos sociais contemplados pelo edital Ideias e Ações.

“Por mais que a gente possa fazer uma análise dos projetos do Instituto em reuniões e por meio do material que é compartilhado, nada melhor do que você olhar no olho da comunidade e ver de perto o trabalho que é objeto da organização”, Juliana Rehfeld, presidente do Conselho Administrativo do Instituto Lina Galvani

O VALOR DA PROXIMIDADE

De acordo com Ricardo, os membros do Conselho Administrativo do Instituto estarem in loco nos territórios de atuação do Instituto é fundamental para o melhor entendimento da realidade local. “Não há PowerPoint, planilha, vídeo ou relatório que transmita o que se vê pessoalmente, conhecendo desde as dificuldades de clima e distância da região, por exemplo, à força e união dos moradores”, diz. “Uma vivência como essa muda a consciência e a compreensão dos desafios nos territórios e contribui na tomada das decisões que vão dar os rumos dos projetos do Instituto nas comunidades”.