Logos Grupos Socioprodutivos

Diversas conquistas e realizações marcaram o primeiro ano do Projeto Incubação de Negócios Inclusivos na comunidade de Angico dos Dias. Por meio da iniciativa do Instituto Lina Galvani, com a orientação técnica do ISES (Instituto de Sócio Economia Solidária), foram criados dentro da Rede Social os grupos Horta Comunitária Esperança, Doce como o Sertão, Flor do Sertão e Mãos de Fada que, durante esse período, passaram por um processo de estruturação, desenvolveram a aprimoraram seus produtos e iniciaram as vendas, demonstrando forte potencial de desenvolvimento e geração de renda.

“Foi um momento no qual a gente fez um levantamento diagnóstico na comunidade para entender melhor esse universo local e os potenciais de desenvolvimento em termos de negócios inclusivos e também ajudando a consolidar a Rede Social como um ator importante na comunidade, um espaço democrático de debates, ideias, sugestões, críticas e levantamento de propostas”, avalia Sérgio Kuroda, Gerente de Desenvolvimento Comunitário do ILG.

Com base na experiência acumulada nesse primeiro ano, o ILG, o ISES e a Rede Social dão agora o passo seguinte com o início do segundo ciclo do projeto. Todos os grupos participarão dessa segunda fase, com exceção do Mãos de Fada, que acabou se transformando em empreendimentos individuais e não coletivos, que são o foco da nova fase do projeto. Nessa etapa, um dos aspectos a ser ressaltado será a colaboração entre os grupos e o fortalecimento do coletivo. “Pretendemos incluir mais atividades que reúnam os participantes de todos os negócios, pois percebemos que atividades assim possibilitam uma troca de conhecimentos muito interessante e o crescimento do grupo como um todo”, diz Sérgio.

Além de integrar, motivar e fortalecer o grupo, a ideia é que o trabalho feito coletivamente também abra possibilidades de parcerias entre os próprios núcleos. “Poderia surgir, por exemplo, um projeto unindo o grupo Flor do Sertão, de artesanato, com o Doce como o Sertão, com a produção de uma embalagem bonita em crochê para agregar mais valor aos doces na hora da venda”, explica Sérgio.

Uma prévia dessa característica que vai se tornar mais constante no segundo ciclo do projeto já está sendo testada nos preparativos da primeira feira de Angico e região, promovida pela Rede Social, em julho. Representantes de todos os grupos fazem parte do comitê de organização e estão articulando o que precisa ser feito para o evento. Em paralelo, cada núcleo está se organizando internamente para colocar seus produtos à venda nos dois dias de feira. “Tudo isso vai gera uma construção coletiva bastante interessante, que não diz respeito a um grupo ou a outro, mas é uma ação da comunidade, mesmo”, complementa Sérgio.

Além de reforçar o trabalho dos temas transversais mais coletivamente, o segundo ciclo da incubação dos Negócios Inclusivos também pretende aprimorar o trabalho que vem sendo realizado com um amplo calendário de atividades que envolve capacitações, assessorias intensivas, dinâmicas e atividades estratégicas com os grupos. Tudo baseado, principalmente, no fortalecimento do Negócio Inclusivo e no desenvolvimento associativo e organizacional. A meta é que, através do acesso ao conhecimento e com a orientação necessária, a rede de empreendedores apoiados pelo projeto esteja ainda mais fortalecida e cada grupo consiga consolidar seus canais de venda, aplicar os instrumentos de controle e gestão dos empreendimentos e ser um importante mecanismo de geração de renda na comunidade de Angico dos Dias.