Qual nome você daria a um filhote de veado-catingueiro? Essa foi a pergunta feita a dezenas de crianças que visitaram o Parque Fioravante Galvani entre os meses de junho e julho. Ao final do passeio, na roda de encerramento, cada uma recebia um papel para anotar sua sugestão. E começava a festa! Empolgadas, conversavam sobre as opções e davam pitacos nos nomes propostos pelos colegas. O pequeno veado que havia nascido dia 31 de dezembro de 2012 ainda não tinha nome. Participaram dessa fase doze turmas de quatro escolas da região. Entre todas as sugestões dadas pelas crianças, foram selecionadas três finalistas: Tito, Giba e Jason. O papel de eleger um vencedor foi de uma turma da escola municipal Aldori Luiz Tolazzi. E o grande campeão: Jason.

“Envolver as crianças em ações como essa é importante porque elas se sentem parte da história do PFG e úteis em poder ajudar na escolha do nome”, ressalta Gabrielle. Feliz também deve estar Jason, que agora saltita por ali com nome próprio.

Jason, em seu recinto no PFG - 2013

 

2 PERGUNTAS PARA… ADRIANO GARAMBINI

Um dos principais fotógrafos de natureza do Brasil, é autor de 11 livros de fotografia e colunista da revista National Geographic Brasil e do site ((o))eco. No mundo dos cliques desde 1992, tem um arquivo com 140 mil imagens e especializou-se em documenar expedições científicas. Parceiro do ILG em outras ocasiões, foi ao Parque em agosto para fazer fotografias para seu mais recente projeto, sobre o qual falou ao Instituto:

Qual foi o objetivo dessa visita?
O foco principal foi documentar os espécimes de lobo-guará. Desde 1999, documento as pesquisas do Rogério Cunha de Paula, um dos mais importantes pesquisadores de lobo-guará. Ao longo de todos esses anos, estou acumulando um vasto material fotográfico de imagens de lobo em vida livre e o Cerrado como um dos principais biomas brasileiros. Tudo para a produção de um livro sobre a espécie. Desta forma, achei importante registrar também animais em algum cativeiro conservacionista, como o PFG. O livro retratará tudo que envolve a espécie, tanto biológica como culturalmente; status de conservação, ecologia, distribuição, comportamento, lendas e mitos. Será publicado no final do ano.

Como você vê o trabalho realizado no PFG e a condição dos animais que lá vivem?
Acho imprescindíveis ações de conservação como as que o PFG tem feito no Cerrado baiano. Conheci a região de Luís Eduardo Magalhães em 1998 e, certamente, muito da paisagem natural foi alterada, o que é um grande risco para os animais silvestres. Além disso, o trabalho de educação ambiental é primordial para que alguns problemas ambientais sejam revertidos. Um estado bom de conservação do meio ambiente só ocorre se houver consciência de sua importância, e isto só a educação pode promover. Não sou especialista em cativeiros, já que meu trabalho como fotógrafo está diretamente relacionado à fauna em vida livre, mas fiquei bem satisfeito com o que vi nos recintos e tratamentos com os animais. A equipe mostra claramente sua preocupação com o bem-estar dos animais, propiciando as melhores condições para um ambiente cativo.

Lobo-guará do PFG fotografado por Adriano Gambarini - jul/2013