Projetos Angico dos Dias

  • Animação da rede social

    Em 2013, a Rede seguiu realizando reuniões mensais com foco em discutir e desenvolver os projetos já existentes, além de pensar em outras possibilidades de melhorias para a região. No total foram 12 encontros, com uma média de 25 participantes e, além de moradores de Angico, também estiveram presentes moradores de Lagoa do Mato (PI) e Baixãozinho (BA).

    A construção da Praça São José abriu caminho para a ampliação da Rede, aproximação e envolvimento de muitos novos atores, que, além de passarem a conhecer o trabalho da iniciativa, contribuíram com seus talentos para que este projeto fosse viabilizado. Em 2013, foram cerca de 80 novos atores envolvidos nos projetos da Rede.

    Além disso, a fim de medir a satisfação e a credibilidade da Rede, em 2013, foi feita uma pesquisa no povoado revelando que cerca de 90% da população acredita que a iniciativa trouxe melhorias para a região e se diz satisfeita com o trabalho que vem sendo desempenhando.

    A Rede conseguiu unir mais as pessoas e trazer conquistas que melhoram a qualidade de vida da população. E o importante é que são conquistas da própria comunidade, que acaba dando mais valor para elas. Se fosse algo dado pelo governo ou outra instituição, acho que as pessoas não teriam tanto a preocupação de cuidar. Mas como foram elas que fizeram, o sentimento é diferente”.

    Cássia Quele Pereira da Costa, integrante da Rede
  • Viabilização de Projetos da Rede

    O projeto Diversão não tem Idade, voltado aos idosos, realizou 3 encontros ao longo do ano, contando com uma média de 70 participantes e atividades como prática de exercícios de ginástica laboral, compartilhamento de receitas, lanche com comidas regionais, dança e cantoria.

    Antes não tinha nada para nós, parecia que velho não tinha valor. Agora, sabem que as pessoas de idade não são para ficar escondidas em um canto, não! É importante essa força, para ajudar a movimentar. A gente se sente muito mais feliz e animada!

    Isabel Fernandes de Souza, 66 anos, participante da Rede

    O projeto de Resgate Cultural deu seus primeiros passos com a oficina de fotografia ministrada pelo renomado Adriano Gambarini. As fotos resultantes da oficina, mais alguns textos criados pelos membros do projeto, ilustraram o calendário da Galvani/ILG de 2014 e, futuramente, deverão fazer parte do livro vislumbrado pelo grupo.

    Confira o making of da oficina no Facebook do ILG.

    Resgatar o modo de vida e o aprendizado das gerações mais antigas é uma maneira de perpetuar a história do lugar. Vi idosos mostrando com orgulho o que usavam, como faziam. E assim as novas gerações ficam conscientes que o lugar também tem memória que deve ser cultuada e mantida.

    Adriano Gambarini, fotógrafo-educador da oficina.

    Aprendi muitas coisas da minha localidade que não sabia, como as comidas típicas e os costumes. E é importante passar isso adiante para que não seja esquecido.

    Anderson Custódio da Silva, participante da oficina

    A inauguração de uma lan house em Angico foi mais um passo importante para o Projeto de Inclusão Digital. O isolamento tecnológico havia sido uma das principais dificuldades identificadas pela Rede Social que, pensando em soluções práticas para essa deficiência, apresentou uma proposta para o dono de uma lan house em Campo Alegre de Lourdes (sede do município), que resolveu abrir uma em Angico também.

    No último bimestre do ano, um dos grandes sonhos da comunidade se tornou realidade: a construção da Praça São José. O projeto foi uma realização da Rede Social e do ILG, e contou com a coordenação técnica do Instituto Elos, a parceria da Galvani e da Prefeitura municipal de Campo Alegre de Lourdes, o apoio de cerca de 90 parceiros – entre estabelecimentos comerciais e pessoas físicas de Campo Alegre de Lourdes (BA) e Caracol (PI) – e a participação ativa de mais de 200 pessoas no mutirão. O processo de construção teve duração de 10 dias, sendo 7 de planejamento e captação de recursos e 3 de mutirão. Algumas ideias ainda ficaram por se concluir e a comunidade tem se reunido frequentemente para finalizar o projeto.

    Assista ao vídeo do mutirão para a construção da Praça São José aqui.

    Fiquei muito emocionado ao ver o pessoal que chegou junto com a gente. Não estava esperando tantas pessoas. E todo mundo com muito gosto, com vontade de fazer mesmo! Até os pequenos colaboraram – foi só falar que ia ter brinquedo para as crianças que, pronto, aí não faltou mais garotada para ajudar. Foi um grupo unido, muita gente mesmo, parecia uma feira, que junta uma multidão.

    Jonas Pereira da Silva, integrante da Rede

    É uma experiência incrível ver que o que era aparentemente impossível, estamos conseguindo fazer com a participação das pessoas. Nunca vi uma comunidade se envolver tanto quanto aqui.

    Paulo Farine Milani, do Instituto Elos

    Em 2013 também, dentro do projeto de Geração de Renda, foi realizado um diagnóstico sobre as vocações e nichos de mercado locais pela ITCP - FGV (Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares Fundação Getúlio Vargas) e formados quatro grupos que darão origem a projetos de negócios inclusivos: agricultura, produção de doces, artesanato e beleza (cabeleireiro, manicure e depilação). Ao todo estão envolvidos 45 homens e mulheres, de 14 a 72 anos, moradores das comunidades Angico dos Dias (BA), Baixão Novo (BA) e Lagoa do Mato (PI). A viabilização desses negócios, incluindo capacitação técnica, com o apoio do ILG, está prevista para 2014 e deverá gerar renda complementar às famílias dos envolvidos. Porém, motivados com seus projetos, os grupos de artesanato e doces começaram a produzir e vender.

    Descobrimos talentos que existiam, mas estavam escondidos, e o conhecimento também é repassado a cada encontro.

    Solimar Pereira da Costa, líder do grupo de Geração de Renda da Rede Social