Projetos Institucionais

  • Metodologia de Desenvolvimento Comunitário

    No ano de 2015, optamos por aprimorar os indicadores de impacto desenhados em 2014, criando um sistema integrado de avaliação e report. Retomamos a discussão do nosso modelo de atuação e nos aproximamos do conceito de “capital social”, proposto pelo Banco Mundial, como eixo fundamental. A partir disso, reorganizamos os indicadores além de criarmos alguns novos, identificamos algumas ferramentas de aferição e construímos o modelo de apresentação dos impactos gerados.

    Isso tudo integra uma Caixa de Ferramentas que visa mensurar os avanços das intervenções na geração de capital social e desenvolvimento comunitário, para entender os retornos sociais dos investimentos realizados, oferecendo recomendações estratégicas.
    Após a realização de um novo piloto na comunidade de Angico dos Dias (BA), a caixa de ferramentas foi apresentada ao Conselho de Administração do ILG. A partir da recomendação para que fosse compartilhada com parceiros e outras organizações do setor, estivemos em conversa com GVCes, AVINA, Agenda Pública, GIFE e alguns consultores especializados que nos ajudaram a identificar pontos ainda a serem aprimorados. Em novembro de 2015, fizemos uma segunda aplicação no território de Serra do Salitre (MG) para identificação do “marco zero”.

    Metodologia ILG:

    Aprendizados
    Quanto mais claro estiver o objetivo de atuação (seu core), mais precisa será a mensuração de seus resultados. Nesse sentido, vale a pena um esforço para simplificar processos e atuação.

    PRÓXIMOS PASSOS
    Diante do enorme desafio de mensuração de impactos na área social, a proposta é seguir aprimorando a Caixa de Ferramentas, contando com parcerias para também ratificá-la em novos territórios, além daqueles de atuação do próprio Instituto Lina Galvani.

  • Evento: Desenvolvimento de comunidades impactadas por grandes empreendimentos

    No dia 15 de setembro, em São Paulo, o ILG realizou a segunda edição do evento “Desenvolvimento de comunidades impactadas por grandes empreendimentos”, com o objetivo de fomentar o aprendizado coletivo, a fim de potencializar o legado nas comunidades impactadas. Contou com a parceria do Bloco Brasil, da RedEAmérica, e a participação de 53 convidados, escolhidos estrategicamente, de um diversificado grupo de profissionais envolvidos com essa temática – representantes de empresas, institutos empresariais, consultores, pesquisadores e lideranças comunitárias. A edição de 2015, além de aprofundar as discussões dos principais temas que surgiram em 2013 – quando o evento aconteceu pela primeira vez –, também teve como diferencial a presença de lideranças comunitárias de diferentes localidades do País que sediam unidades das empresas COIMEX, Galvani, Holcim, Natura e Votorantim. Essas lideranças participaram de um pré-evento, no dia 14, em que puderam trazer suas primeiras percepções e opiniões sobre os temas que seriam abordados no dia seguinte.

    A mediação do encontro ficou sob a responsabilidade da professora Lígia Pimenta, que comentou:

    A proposta do encontro era compartilhar experiências e práticas, porque quando compartilhamos utilizamos o diálogo das conversações, quando conversamos e trocamos experiências nos fortalecemos como pessoas e fortalecemos os nossos vínculos, qualificamos esses vínculos com confiança e respeito, valores imprescindíveis no trabalho que desenvolvemos nas comunidades. E quando ampliamos a nossa compreensão sobre a prática e a experiência, quando estabelecemos novos vínculos recíprocos de confiança e de respeito, nós nos articulamos e nos fortalecemos para olhar para o passado e aprender com ele e olhamos a partir do presente para o futuro que emerge. Esse é o duplo olhar da caminhada: não só o passado, mas o futuro aonde se quer chegar. Olhamos, refletimos e nos tornamos criativos.

    Cecília Galvani, Diretora-Executiva do ILG

    O grupo de 53 participantes foi formado por 12 lideranças comunitárias, 10 representantes de empresas, 16 representantes de institutos e fundações de origem empresarial e 15 representantes de redes e outras organizações. O debate entre essas pessoas foi sistematizado de forma que a experiência dos dois dias de evento possa contribuir para a promoção da inclusão, envolvimento, responsividade, fortalecimento de vínculos de confiança, senso de pertencimento e um olhar apreciativo. Os atores envolvidos - sempre tomando suas práticas como ponto de partida e de chegada -, refletiram sobre aspectos do Desenvolvimento Comunitário e da Colaboração, se apresentaram corajosamente para o trabalho conjunto no qual desconstruíram certezas, olharam para suas contradições a ambiguidades, exploraram qualidades de suas práticas, colheram pistas, revisitaram sonhos, se fortaleceram, construindo e consolidando relações que os alimentam e qualificam o seu fazer no mundo.

    São municípios diferentes, empresas diferentes, institutos diferentes, mas a realidade é muito parecida e a gente precisa de mais espaços desses para colocar essas angústias e encontrar soluções para elas.

    Participante, durante o evento

    Veja a sistematização e o documento coletivo feitos no evento

    Veja fotos!

    Aprendizados
    Os participantes do evento sentiram falta do setor público no encontro, o que os fez refletir que não há desenvolvimento sem o poder público – em suas várias instâncias: Executivo, Legislativo e Judiciário - e que é preciso construir caminhos de diálogo e participação com esses atores, entendendo que as organizações do 3º setor, empresas e comunidades são co-responsáveis por essa aproximação.

  • Publicação: Olhares sobre desenvolvimento comunitário

    Pensando em dar continuidade e aprofundamento às discussões que surgiram na primeira edição do evento, durante o encontro de 2015, o ILG lançou a publicação “Olhares sobre desenvolvimento comunitário - 10 perspectivas do impacto gerado por grandes empreendimentos”. Para garantir diversidade e abrangência de olhares, os textos foram assinados por dez especialistas que discorreram, por meio de artigos ou cases, sobre os temas: alinhamento estratégico, diálogo, políticas públicas, indicadores de impacto e desenvolvimento sustentável. Representantes da RedEAmerica, Instituto Camargo Correa, Instituto Votorantim, Agenda Pública, GVCes, além de acadêmicos, pesquisadores e uma liderança comunitária compõem o time de coautores da obra.

    Com uma tiragem de 1 mil publicações, foram distribuídas 802 unidades em 2015. Destas, 375 entregues a institutos, fundações e outras organizações do Terceiro Setor, 195 direcionadas a empresas, 167 para membros da Academia e pessoas interessadas na temática, e 65 distribuídas no evento 2º Encontro de Desenvolvimento de Comunidades Impactatas por Grandes Empreendimentos. Acesse a publicação online!

  • ILG é destaque em eventos do setor

    Em março, em Mérida, no México, foi realizado o VII Fórum Internacional da RedEAmérica – Empresa, Comunidade e Desenvolvimento. O ILG foi convidado a apresentar o trabalho que vem desenvolvendo dentro do tema “Envolvimento empresa-comunidade”, dividindo a mesa com Coca-Cola FEMSA (México) e mineradora TECK (Peru).

    Em setembro, o ILG foi chamado para apresentar seu modelo de governança no curso “Governança em Fundações e Institutos Empresariais”, promovido pelo IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Coorporativa) e o GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas). Como é constituído, o fluxo decisório a partir do alinhamento com o negócio, os papéis do Conselho e sua evolução ao longo do tempo foram alguns dos temas abordados.

    E, em novembro, o Instituto Fonte e o FICAS, com o apoio da Fundação Itaú Social, realizaram a última edição de uma série de diálogos em comemoração ao Ano Internacional da Avaliação, abordando a relação entre avaliação e outros processos de gestão das organizações. Nesse encontro, o ILG foi convidado para apresentar seu processo de criação de indicadores para medir o desenvolvimento comunitário, abordando diversos aspectos da “Caixa de Ferramentas” de avaliação de impactos e falando sobre suas experiências nas localidades nas quais atua.

    Nós valorizamos muito a presença de gestores de organizações sociais dispostos a compartilhar a experiência prática do cotidiano de suas instituições, tanto as realizações e conquistas quanto os dilemas enfrentados pelo caminho. Nesse sentido, a participação de Cecília Galvani foi muito proveitosa. Um dos participantes desse diálogo escreveu que na fala de Cecília aprendeu a importância de atuar em parcerias: ‘Não fazer pelo outro, mas com o outro’.

    Carline Piva, gestora de Comunicação do Instituto Fonte para o Desenvolvimento Social
  • Produção do conhecimento

    Em 2015, com o objetivo de estimular a reflexão sobre a prática, sistematizar e compartilhar as experiências do Instituto, foram produzidos 3 artigos e 2 cases pela própria equipe do ILG e também por consultores que nos apoiaram em algum trabalho ao longo do ano.
    Esses textos podem ser lidos em nosso blog:

    A voz da comunidade: O poder da união
    Encantamento à segunda vista
    Construção da Agenda de Futuro de Serra do Salitre
    Rodas de Conversa – diálogos que ecoam
    Encontro Desenvolvimento de Comunidades Impactadas por Grandes Empreendimentos 2015

    APRENDIZADOS
    A correria do dia-a-dia e a escassez de tempo acabam impactando na disponibilidade e dedicação à produção de conhecimento O desafio é criar cada vez mais espaços que convidem para esse compartilhamento, gerando a oportunidade de reflexão da prática e sistematização dos aprendizados.

  • Atuação Jaguaré - Rua viva

    Em 2015, o ILG iniciou uma nova etapa de atuação na região, renovando o diálogo com parceiros e a população do Jaguaré e construindo projetos a fim de colaborar para o desenvolvimento local e a melhoria da vida em comunidade.

    A primeira ideia seria a construção de uma praça pública em um local usado como ponto ilegal de descarte de lixo e entulhos. Porém, entendendo que a construção de uma praça por si só não bastaria para resolver esse problema, foi criado o projeto “Rua viva”, com o objetivo de reunir parceiros e comunidade na busca de soluções coletivas e ações concretas relacionadas à questão. O projeto teve a parceria do Instituto Reinventar e da General Water.

    Em novembro, ocorreu a primeira ação contando com oficinas para as crianças e diálogos com os moradores para conhecerem e fazerem parte da iniciativa. Além de uma parceria com a Eletropaulo, que fez o cadastro de famílias para o Projeto Recicle Mais e Pague Menos. O projeto terá continuidade em 2016.

    Encontramos o Instituto Lina Galvani, que dividiu conosco a problemática séria da comunidade sobre o resíduo descartado incorretamente na região da empresa. Veio então a oportunidade de tratar desse foco educacional (que estamos pensando desde 2008) dentro da comunidade

    Roseli Barbosa, do Instituto Reinventar, parceiro do ILG em Jaguaré