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21 de outubro de 2022

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Instituto Lina Galvani oferta formação em Terapia Comunitária Integrativa

Por meio do Projeto “Diálogos que Transformam”, a iniciativa busca formar a comunidade para uma prática de acolhimento e escuta ativa.

Transferir tecnologia social e compartilhar ferramentas para que as lideranças sociais possam dar sustentabilidade à escuta ativa, ao diálogo e ao acolhimento na comunidade. Com este objetivo, o Instituto Lina Galvani – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que se dedica a trabalhar o desenvolvimento comunitário – vai ofertar, gratuitamente, uma formação em Terapia Comunitária Integrativa (TCI) para as comunidades de Luís Eduardo Magalhães e Angico dos Dias, povoado de Campo Alegre de Lourdes, por meio do Projeto “Diálogos que Transformam”.  

O objetivo é formar 40 terapeutas. A formação é voltada para representantes de entidades, lideranças civis e religiosas, profissionais das áreas de saúde, de serviço social e de educação e cidadãos engajados com trabalhos comunitários ou que desejem se engajar. Além disso, busca-se aplicadores com perfil em idade adulta, com apurado senso de comunidade, que tenham disponibilidade de tempo para dedicação e, que tenham a intenção de aplicar as técnicas que serão estudadas para o benefício da comunidade após a conclusão do curso.   

Para a analista de Relacionamento com a Comunidade, Jennifer Silva, a oferta da formação em Terapia Comunitária Integrativa representa um desafio, mas também um marco para as atividades nas comunidades atendidas. “Essa é a primeira vez que disponibilizamos o curso. Sempre foi um desejo do Instituto qualificar profissionais e líderes comunitários, pois entendemos que esta é uma ferramenta poderosa de escuta e acolhimento para inquietações e dores emocionais, individuais e coletivas. Nossa ideia é preparar os aplicadores para que esses possam dar prosseguimento às rodas coletivas de terapia em suas comunidades de forma autônoma”, completa.    

A Terapia Comunitária Integrativa é um instrumento conhecido do Instituto Lina Galvani, pois é aplocada regularmente nas ações dos projetos em execução. “A metodologia foi introduzida em nossas atividades pela presidente do instituto à época, Cecília Galvani, que foi a nossa primeira terapeuta comunitária. Na sequência, outros profissionais do instituto receberam essa capacitação que oportuniza diálogos com a comunidade e nos possibilita o desenvolvimento dos planejamentos anuais.”, relembra.  

Formação

A formação será aplicada pela equipe do Instituto Afinando Vidas, com acompanhamento do Instituto Lina Galvani. O curso será realizado ao longo deste ano, com carga horária de 240 horas, sendo 180h presenciais divididas em três módulos com duração de cinco dias, que estão previstos para acontecer entre os dias 19 a 23 de julho (CAL) / 26 a 30 de julho (LEM); 12 a 16 de outubro (LEM e CAL) e 04 a 08 de dezembro (CAL) / 06 a 10 de dezembro (LEM). As 60h restantes, serão destinadas às atividades práticas dedicadas à realização de encontros de terapia comunitária e acompanhamento individual. 

A Terapia Comunitária Integrativa 

Presente em todos os estados brasileiros e em mais de 24 países entre América do Sul, Europa e África, a Terapia Comunitária Integrativa (TCI) integra as Práticas Integrativas e Complementares (PICS) do Sistema Único de Saúde (SUS) com a finalidade de criar e fortalecer vínculos sociais em espaços de acolhimento que favoreçam a troca de experiências coletivas. Desenvolvida em formato de roda, cada participante exerce papel de grande importância no processo terapêutico individual e coletivo que busca o resgate da identidade, a restauração da autoestima e do autocuidado, a ampliação da percepção, o estímulo de aprendizados coletivos, a promoção de redes solidárias de apoio e a otimização de recursos da própria comunidade para criar soluções às dificuldades. A técnica traz significados às vivências, conquistas, potencialidades e sofrimentos, diminuindo o processo de somatização e complicações clínicas. A prática foi criada há mais de 30 anos pelos irmãos Adalberto Barreto (médico psiquiatra e professor) e Airton Barreto (advogado), ambos de Fortaleza (CE).  

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