Alexandra B. Ceron Machado tem 28 anos, é gaúcha e mora em Luís Eduardo Magalhães (LEM) desde 2008. Maria Aparecida de Souza tem 35 anos, é baiana, mora em LEM há 10 anos. Ambas trabalham em escolas públicas de LEM e tiveram a oportunidade de participar do curso de capacitação em Educação Ambiental oferecido pelo ILG no Parque Fioravante Galvani (PFG), em 2010. 

Participantes das Oficinas de EA em 2010

1)     Como foi a experiência de fazer um curso de capacitação em Educação Ambiental?

Alexandra: Me possibilitou conhecer o cerrado, refletir sobre desenvolvimento sustentável e relacionar tudo isso com a minha atuação como cidadã e profissional da educação. É um convite à reflexão sobre a necessidade da construção de uma consciência crítica de proteção ambiental e de como trazer esse tema para a sala de aula de forma mais concreta. A educação ambiental tem um papel fundamental na tomada de consciência da nossa atuação como cidadão responsável e atuante na sociedade.

Mª Aparecida: A cada encontro, refletindo sobre temáticas propostas e participando das oficinas, tenho conhecido melhor o cerrado, me tornando um agente de transformação e divulgação de uma causa tão nobre quanto essa.

2)     Como você tem aplicado os conhecimentos adquiridos no curso na sua profissão?

Alexandra: Gostaria de compartilhar o quanto é importante pra mim, como ser humano e profissional, as reflexões e atividades que as oficinas me proporcionam. Hoje, tento tornar mais atraente e dinâmica as aulas, os alunos participam com mais interesse e compreendem mais a sua relação com o meio em que vivem.

Mª Aparecida: Através do meu comportamento frente aos alunos e professores, do diálogo, do desenvolvimento e aplicação de aulas envolvendo o tema meio ambiente de forma interdisciplinar, e da orientação aos professores que não fizeram o curso a utilizarem a mesma estratégia nas aulas.

3)     Você sente diferença no comportamento das crianças após uma visita ao PFG ou a participação em uma atividade de educação ambiental?

Alexandra: Percebem a importância que elas têm como co-responsáveis nessa dinâmica.

Mª Aparecida: Sim, elas voltam mais motivadas, críticas e criativas, com vontade de cuidar e de conservar o meio ambiente, sentindo-se mais capazes de colaborar com a sua exploração de forma sustentável.

4)     Como você vê a importância do cerrado?

Alexandra: Quando cheguei em LEM, só conhecia do cerrado o que lia em livros. O contato real e a compreensão de sua importância se deram com as oficinas. Hoje, sei que abriga grande variedade de espécies da fauna e da flora, além de ser o berço de importantes nascentes e rios.

Mª Aparecida: O cerrado tem um potencial imenso de riqueza biológica que pode ser usado de forma sustentável como recurso de sobrevivência. No entanto, como vivenciado no curso, é mal explorado. Precisamos encontrar um caminho de conciliar desenvolvimento e conservação da natureza.

5)     Como é para vocês da região abrigar o 1º Centro de Conservação e Educação Ambiental do cerrado baiano?

Mª Aparecida: Um grande privilégio, pois contribui para a formação de uma consciência ambiental na comunidade, além de estimular o pleno exercício da cidadania para a melhoria da qualidade de vida da população. É louvável a iniciativa de proteger o meio ambiente trabalhando a comunidade local e envolvendo também o poder público e o privado, como acontece no PFG,

6)     Em sua opinião, qual a importância desse projeto para a comunidade local e para a preservação ambiental?

Alexandra: Em LEM encontramos pessoas vindas de diferentes regiões do Brasil e até de outros países, e o PFG, além de proteger a fauna e flora do bioma, proporciona ações, dirigidas por profissionais competentes, que enriquecem o conhecimento dessas pessoas e possibilita o contato com as espécies do cerrado. Destaco a parceria entre a comunidade, poder público e privado no projeto Renasce o Cerrado, onde os estudantes plantam mudas de árvores nativas no viveiro que servem para arborizar regiões de nossa cidade.

Mª Aparecida: Tanto as visitas monitoradas, como as oficinas proporcionam momentos para conhecer e cuidar melhor do ambiente em que vivemos através de reflexões para mudanças de atitudes nas atividades cotidianas.

Jornal produzido pelas professoras durante as Oficinas de EA - 2010

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