O Desenvolvimento Sustentável busca suprir as demandas do presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de responder às suas necessidades. É aquele que procura no presente preencher as lacunas econômicas, sociais, ambientais, políticas (no que tange a transparência e participação), além dos direitos humanos – inclusive o direito a um meio ambiente limpo e seguro – buscando-se conjuntamente a conservação destes para as gerações futuras.

Para o direito, a cidadania é o conjunto dos direitos políticos de que goza um indivíduo e que lhe permitem intervir nos destinos do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração.

Em uma visão mais humana, ser cidadão é respeitar e participar das decisões da sociedade para melhorar suas vidas e da sociedade como um todo. A cidadania consiste em diversos gestos, como não jogar papel na rua, não pichar os muros, respeitar os idosos, ou até os mais básicos como saber dizer obrigado e desculpe. Em suma, o cidadão é aquele sujeito que procura ajudar o próximo sem medir esforços para tanto.

Não é possível alcançar um nível satisfatório de sustentabilidade se não tivermos também um mínimo de exercício da cidadania em nosso país. Assim como a Responsabilidade Social Corporativa, o Empreendedorismo Social, a Filantropia, entre tantos outros conceitos, este é apenas mais um que nos faz compreender a amplitude do Desenvolvimento Sustentável.

Entretanto, concretamente, o que se pode fazer enquanto cidadão da República Federativa do Brasil para seguir os pressupostos do Desenvolvimento Sustentável? Abaixo estão algumas pistas que podem auxiliar os cidadãos na realização deste ideal:

A sustentabilidade como um conjunto de valores: é o compromisso de assumir uma atitude responsável e transparente em suas relações com a sociedade, empresas, governo, entre outros. Valores morais e éticos são essenciais no exercício da cidadania.

A sustentabilidade como postura estratégica: é preciso ter uma mente cidadã nos negócios realizados pelo ser humano para realizar uma ação social estratégica.

A sustentabilidade como estratégia para se relacionar: ao se relacionar com o próximo estrategicamente através de uma postura que enfoque a cidadania, contribui-se com os ditames do Desenvolvimento Sustentável.

A sustentabilidade e o marketing pessoal: realizar a sua valorização enquanto ser humano é ótimo na sua vida pessoal e profissional, entretanto, para contribuir com a sustentabilidade, não se deve esquecer da postura cidadã.

A sustentabilidade e a sua reputação: tem estrita relação com a ideia da sustentabilidade e o marketing pessoal. Como consequência positiva de se adotar a postura do tópico acima, você será melhor visto em sua comunidade como uma pessoa que procura fazer seus negócios e leva sua vida de maneira digna e que respeita o meio ambiente.

A sustentabilidade como estratégia de inserção em sua comunidade: através de uma postura contributiva e cidadã, o caminho para ganhar a confiança de sua comunidade, a fim de pleitear mudanças, se torna mais simples.

A sustentabilidade como estratégia de desenvolvimento comunitário: advém do tópico anterior. Com a inserção na comunidade, seguindo a mesma ideia, você pode se tornar um agente e um catalisador de mudanças, promovendo o desenvolvimento social local e articulando parcerias com o Governo, Terceiro Setor e empresas para alcançar os objetivos comuns.

A cidadania para o incentivo local de ações sustentáveis: tendo uma postura cidadã em sua comunidade, é possível que as pessoas ao seu redor se motivem a adotar as mesmas posturas que você em prol do bem comum.

Estas são apenas algumas atitudes que podem contribuir com o Desenvolvimento Sustentável através de uma postura cidadã. É bem difícil adotar todas estas ações em nossas vidas, mas se conseguirmos contemplar coletivamente pelo menos umas três, podemos promover muitas mudanças. Não é à toa que um dos provérbios mais famosos que conhecemos é o de que “a união faz a força”.

Texto publicado originalmente no site Rumo Sustentável.