Como parte da campanha LEM APP 100% Legal, moradores das comunidades de Emburana, Muriçoca e Assentamento Rio de Ondas, em Luís Eduardo Magalhães, formam a rede de coletores de sementes nativas do Cerrado.

Antes de iniciarem o trabalho de coleta, as comunidades participaram de uma oficina no Parque Fioravante Galvani para definirem o preço das sementes. No início de dezembro, elas receberam o primeiro pagamento pelo material coletado, que se deu por meio do Fundo Municipal de Meio Ambiente de LEM. Foi a primeira vez que comunidades do estado da Bahia foram remuneradas por sementes nativas do Cerrado.

Coletores durante oficina no PFG - out/2011

As comunidades receberam, neste primeiro mês, um total de R$ 2.972,07, o que dá uma média de R$ 148,60 por coletor. Considerando que muitos deles são de famílias em que uma média de quatro pessoas vive com apenas a renda de programas sociais governamentais (em torno de R$162,00/mês), os resultados da rede, até então, foram positivos e reafirmam o trabalho socioambiental proposto pela campanha.

1º pagamento pelas sementes - dez/2011

Agora, as comunidades querem preservar cada vez mais as árvores do cerrado, que podem passar a ser a principal fonte de renda para estas famílias. Como é o caso do S. Domingos, de 64 anos, casado, com doze filhos e morador de Muriçoca: “Eu fiquei feliz demais da conta em saber que algo tão importante assim estava acontecendo com a nossa participação. Eu vou ajudar e vou fazer a minha parte! Se depender da gente, este trabalho vai continuar ainda por muito tempo, o negócio vai longe.”