Rosa Maria Ribeiro da Mata Rocha tem 34 anos, nasceu e sempre morou em Angico dos Dias e há 15 anos é professora da Escola Municipal do povoado. Ela faz parte da Rede Social de Angico, Peixe e Região, está envolvida no projeto que pretende fazer um resgate histórico-cultural do lugar e na entrevista abaixo, fala um pouco melhor desta iniciativa.

Reunião do grupo do projeto de Resgate Cultural - nov/2011

Por que se interessou em ser membro da Rede de Angico Peixe e Região?
Até então, não tinha isso de nós nos reunirmos, discutirmos nossos problemas. Aí surgiu essa chance da gente se reunir para discutir problemas e apresentar projetos, e eu me interessei. Estou gostando de participar da rede!

Como você enxerga a importância da Rede para Angico?
É importante porque acho que através dela, destes encontros, a gente pode fazer grandes melhorias pra nossa comunidade. Hoje em dia, é através de projetos que conseguimos as coisas. Eu vejo um grande futuro, grandes conquistas através da rede.

O que é o projeto de Resgate Cultural?
É um projeto em que estamos levantando a história, a cultura e os costumes do lugar.

O que já foi feito e o que ainda pretendem fazer?
A gente vem trabalhando neste projeto desde o ano passado, já colhemos os dados.  Foi um projeto desenvolvido na escola e nós envolvemos 4 turmas de alunos. Essas turmas se dividiram em grupos, foram nas casas das pessoas, entrevistaram, trouxeram fotos antigas. Foi bem interessante porque eles se interessaram e participaram desta pesquisa. Tudo que eles recolheram foi avaliado na escola e guardamos cópias destes registros. Temos algumas histórias de moradores mais velhos, de onde vieram, o que faziam na época, a cultura, o que faziam de lazer, tudo. Já temos tudo em mãos para colocarmos num livro, que é o que queremos fazer agora.

Como tem sido a experiência de escrever um projeto para a Lei Rouanet?
É uma coisa nova, estamos correndo atrás pra conseguir nosso objetivo. A gente não tinha feito nada parecido ainda, por isso que é novo. E a gente espera conseguir.

O que te motiva a realizar este trabalho?
É poder transmitir o conhecimento e as informações às pessoas da nossa comunidade. Porque muita gente não sabe quem foram os primeiros moradores, de onde eles vieram, as crianças não conhecem certos costumes de antigamente. Estamos tentando resgatar isso para a comunidade.