Participante do projeto Conhecendo uma Empresa desde o seu início, Maria da Cruz, que atua com recrutamento e seleção na empresa Galvani, é uma das voluntárias que compõe o elenco da peça teatral Orçamento Familiar. A peça, que tem criação e atuação de voluntários, foi sucesso de público no final do ano passado, contando com mais de 200 espectadores. Já estão confirmadas novas apresentações para 2012 e Maria, animada com a continuidade deste projeto, fala um pouco da sua experiência e da importância do trabalho voluntário.

Maria durante apresentação da peça - nov/2011

Como e por que começou a fazer um trabalho voluntário?
O trabalho voluntário é uma coisa que eu sempre gostei e procurei um jeitinho de fazer. Antes da Galvani eu já fazia um trabalho em escolas, pra ajudar os alunos a esclarecer o que eles gostariam de fazer no futuro e mostrar o mercado de trabalho. Aí apareceu a oportunidade aqui (na Galvani). Montamos um grupo de qualidade de vida, onde fazíamos um trabalho para melhorar a vida dos funcionários, que depois acabou virando o Conhecendo uma Empresa. E eu continuei, porque é uma coisa que eu gosto muito de fazer. A gente tem que se disponibilizar, não interessa a quantidade de tempo, mas a qualidade dele. E tem que fazer isso de coração. Independentemente do que eu faça, depois que termino eu fico extremamente satisfeita. Alguma sementinha eu plantei e para alguma pessoa vai fazer a diferença. Isso pra mim é o mais importante. Voluntariado é uma coisa que eu não quero tirar da minha vida.

Conte um pouco do projeto da peça.
No Conhecendo uma Empresa, nós tínhamos o grupo do Orçamento Familiar. A gente fazia a peça e depois cada um falava da sua área. Fazíamos os 2 trabalhos. Depois eu fui ficando só com a peça. O grupo é muito bom! Um pessoal com muita vontade, disponível, animado. Da época que nós começamos pra agora, eu acho que teve um crescimento, uma evolução muito grande.

Na sua opinião, qual a importância deste trabalho?
É levar as pessoas a pensarem que mudar alguns pequenos detalhes no seu cotidiano faz diferença no final do mês. Não é só financeiramente que a gente tem que pensar, mas no relacionamento, na compreensão, no diálogo entre pai e filho, marido e esposa. Nosso intuito é fazer com que as famílias tenham um pouco mais de conscientização. É fazer com que os adolescentes vejam a luta dos pais a cada dia, porque muitas vezes eles não param pra pensar, só querem dinheiro. Se ele não pode trabalhar, pode pelo menos economizar dentro de casa, com a luz, o computador, a água. Então, temos esta mensagem pra passar para o público: o que vale mesmo é o bom relacionamento, o amor, a união, a compreensão para que você possa ter uma vida mais tranquila.

Como você enxerga o papel do voluntariado no mundo de hoje?
Eu acho que é extremamente importante porque faz a diferença. Hoje você vê tantos artistas famosos que estão indo pro voluntariado, mas eles você fica sabendo porque estão na mídia. Nós temos milhares de voluntários que são desconhecidos, anônimos, e que a gente vê todo dia a diferença que faz. É uma pessoa que vai pra rua levar sopa à noite pros desabrigados, outra que vai levar alimentos pras entidades… Eu não sei se existe uma forma de verificar o número de voluntários anônimos que se tem, mas eu acho que esse trabalho faz uma diferença muito grande sim. Eu espero que a cada ano, ou a cada dia, isso possa aumentar.
Voluntariado pra mim é essencial, extremamente importante. É algo que tem que ficar, crescer, porque só faz o bem. E é bom fazer o bem, né?

O que te motiva a realizar este trabalho?
Que coisa gostosa que é fazer a diferença pra alguém. Não importa o quê. Tem tantas coisas que podem ser feitas e que fazem a diferença. Existem várias formas de fazer voluntariado, de ajudar. Plantar uma árvore, limpar uma rua, visitar alguém, contar uma história… Tem uma séria de coisas que dá pra fazer, que não demanda tanto tempo e nem dinheiro. Uma hora na semana não vai matar ninguém. As pessoas precisam se conscientizar e se doar mais. Não como obrigatoriedade, isso não. Mas de forma pura mesmo, livre, fazendo de coração.