Trocar experiências, incentivar a formação de redes, ensinar e aprender com o próximo. Essas são atitudes que propagamos diariamente nas comunidades nas quais o Instituto atua. E acreditamos que os mesmos princípios também são pilares importantes para os institutos, associações, Poder Público e todas as entidades que trabalham em prol do desenvolvimento comunitário. Em março e abril, tivemos a oportunidade de ampliar nossos horizontes nesse rumo em dois importantes eventos: o X Fórum Internacional da RedEAmérica, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana, e o X Congresso do GIFE (Grupo de Institutos Fundações e Empresas), em São Paulo. Confira como foi a participação do Instituto Lina Galvani:
X FÓRUM INTERNACIONAL DA REDEAMÉRICA
Comunidades sustentáveis
Essa edição do Fórum, realizado dia 22 de março, teve como tema geral “Potencializando capacidades para o desenvolvimento de comunidades sustentáveis: o papel do setor privado” e reuniu mais de 250 especialistas da América Latina e do Caribe, entre eles Ricardo Mastroti, diretor executivo do Instituto, e Cecília Galvani, fundadora e conselheira administrativa do Instituto e coordenadora do Bloco Brasil da RedEAmérica.
Disseminando a informação
Durante o Fórum, Cecília Galvani fez parte do painel “Conhecimento, fonte de aprendizagem coletiva”, falando sobre a experiência do Bloco Brasil na gestão da informação. “Ressaltei a importância do desenvolvimento uma relação de confiança com as comunidades, de criar espaços de encontros e de prática da construção do conhecimento coletivo, que é algo fundamental tanto para a gestão do conhecimento quanto para o trabalho em rede”, diz Cecília.
“A gestão do conhecimento é um dos pontos-chave para o trabalho em rede, pois contribui para o senso de pertencimento e o engajamento dos membros”
Cecília Galvani
O valor da participação
De acordo com Cecília, participar do Fórum da RedEAmérica é importante para conectar-se com as tendências e o que está sendo discutido e realizado no setor. “Nesse evento, também temos uma visão mais ampla da América Latina, e é um momento interessante para fazer intercâmbios sobre ferramentas de intervenção e projetos”, diz. “E dá um conforto identificar que o Instituto Lina Galvani está conectado com as novas tendências do setor”, completa.
Novas experiências
Durante os dias de realização do Fórum, Cecília e Ricardo tiveram a oportunidade de conhecer projetos sociais realizados na República Dominicana. Cecília conheceu uma iniciativa de um complexo cultural na vila de Altos de Chavón, no qual a arte e a criatividade são utilizadas como um gatilho para o desenvolvimento de capacidades de crianças e jovens. Já Ricardo visitou a comunidade rural de Sierra Prieta e conhecer o trabalho de geração de renda que reúne 20 famílias e tem sua base no plantio e comercialização de orégano.
Sobre a RedEAmérica
É uma rede temática que tem como missão qualificar e expandir a ações empresarial para a promoção de comunidades sustentáveis na América Latina. Ela conta com mais de 80 organizações de 11 países da América Latina e do Caribe, entre eles o Instituto Lina Galvani.
X CONGRESSO DO GIFE
Democracia e Desenvolvimento Sustentável
Em sua décima edição, o Congresso, que se tornou o principal encontro sobre Investimento Social do Brasil, teve como foco o tema “Brasil, democracia e desenvolvimento sustentável”. De 4 a 6 de abril, lideranças nacionais e internacionais, investidores sociais, representantes do governo, consultores e representantes de organizações da sociedade civil discutiram a respeito das contribuições do investimento social privado para a formação de novas agendas e convergências no país.
“O Congresso do GIFE promove um encontro entre pessoas e organizações ligadas ao campo do Investimento Social Privado, gerando reflexões sobre a nossa prática, na busca por resultados cada vez mais efetivos e legítimos.”
Cecília Galvani
Participação do Instituto
Além de acompanhar todas as conferências e debates, tivemos duas participações especiais no congresso. Cecília dividiu a mesa “Expandindo conexões: aprendizados e avanços na atuação em rede” com Fernando Rossetti, da Reos Partners, Janaína Homerin, da Rede Justiça Criminal, Márcia Soares, do Fundo Vale e Patrícia Lacerda, do Instituto C&A e Rede LEQT. Já Valéria Lapa, gerente de Relacionamento Institucional e Comunidades, participou da mesa que discutiu o desenvolvimento territorial.
“Levantei a reflexão do quão importante é incentivarmos o desenvolvimento humano de cada indivíduo nas comunidades para chegar ao desenvolvimento territorial”, diz Cecília.
“Muito investimento pode ser feito por empresas, institutos e Poder Público, mas se o indivíduo que forma a população não se sentir capaz e perceber que ele tem, de fato, uma participação importante na sua comunidade, esse desenvolvimento territorial mais amplo não vai acontecer.”
Valéria Lapa
Sobre o GIFE
O GIFE (Grupo de Institutos Fundações e Empresas ) é a associação dos investidores sociais do Brasil, sejam eles institutos, fundações ou empresas. Criado em 1989 e instituído como organização sem fins lucrativos em 1995, ele é considerado uma referência no país no tema do investimento social privado. Um dos seus papeis principais é gerar conhecimento a partir de articulações em rede para aperfeiçoar o ambiente político institucional do investimento social e ampliar a qualidade, legitimidade e relevância da atuação dos investidores sociais privados.
PARA SABER MAIS:
Partindo do tema central do X Congresso do GIFE, “Brasil, Democracia e Desenvolvimento Sustentável”, Cecília Galvani elaborou uma reflexão com os três pontos centrais de discussão e que estão intimamente ligados à prática do Instituto Lina Galvani e da RedEAmérica. Confira:
- Protagonismo cidadão diverso e inclusivo. As diferentes ideias e perspectivas são insumos ricos para a construção coletiva, além de necessárias para o amadurecimento de nossa democracia. O exercício de coordenação de forças e talentos em torno de uma visão comum, incluindo as diferentes vozes, potencializa os resultados e a própria sustentabilidade das ações, na medida em que contribui para um maior engajamento e amplia consideravelmente as possibilidades, recursos e soluções.
- Trabalho em Rede na prática do quotidiano. As redes facilitam as interações para a construção de soluções conjuntas, onde o todo deve ser maior do que a soma entre as partes. Ou seja, estamos falando de espaços de diálogo e participação e, para isso, é fundamental que a gente estabeleça relações horizontais para a criação de confiança, transparência e responsabilidade compartilhada. Isso se aplica em diversas perspectivas das nossas vidas, da vida privada e decisões quotidianas até nosso papel em espaços comunitários, de gestão e públicos.
- Valorização e fortalecimento de nossa história e cultura. A postura apreciativa para o Brasil, comunidades e pessoas configura-se como potente e necessária para a construção de pontes e alianças, além de fundamental na superação dos desafios complexos que estão postos. Isso pressupõe uma mudança de modelo mental, na busca por mais convergências e menos divergências, além do exercício da escuta ativa e de respeito aos saberes e culturas locais. Isso muda o sentido de identidade e engajamento, contribuindo também para o desenvolvimento e fortalecimento de capacidades da sociedade civil.
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