Um espaço de troca de experiências e aprendizados, de formação de parcerias, de análise de pontos críticos e soluções e de fortalecimento da rede social. Assim são as rodas de conversa, que, associadas aos princípios da Terapia Comunitária Integrativa, são uma das principais ferramentas que utilizamos dentro da nossa Metodologia de Desenvolvimento Comunitário. Realizadas nas localidades nas quais o Instituto Lina Galvani atua, elas são um espaço livre para os moradores exporem suas expectativas, ideias, dúvidas, conquistas e anseios e avaliarmos juntos o desenvolvimento dos projetos.

Roda de Avaliação em Luís Eduardo Magalhães (BA)

As rodas de conversa norteiam nossa atuação em cada comunidade e dão importantes subsídios para o planejamento e o desenvolvimento dos trabalhos do Instituto e o acompanhamento dos projetos. “O que é abordado nesses encontros nos auxilia a monitorar nossos indicadores: Participação; Diálogo; Confiança; Governança; Ampliação e Inovação de Repertório Local; e Satisfação com o Território”, explica Patrícia Limeres, coordenadora de Relacionamento Institucional e Comunidades do Instituto.

RODAS DE AVALIAÇÃO

Todos esses indicadores foram observados nas chamadas Rodas de Avaliação, realizadas entre agosto e setembro nas localidades de Serra do Salitre (MG), Luís Eduardo Magalhães (BA) e Campo Alegre de Lourdes (BA), com a condução das terapeutas comunitárias, Cristina Cardoso, agente local de Serra do Salitre (MG), e Jennifer Silva, assistente Administrativo Financeiro. “Nesses encontros, a gente consegue visualizar na prática, por meio da conversa com as pessoas que participam diretamente dos projetos, a efetividade das ações nas comunidades e planejar os próximos passos”, diz Jennifer que mediou a roda de conversa em Luís Eduardo Magalhães.

Roda de Avaliação e Campo Alegre de Lourdes (BA)

REDE SOLIDÁRIA E DEMOCRÁTICA

Além de um mecanismo de diagnóstico das comunidades e avaliação do desenvolvimento das ações, as rodas de conversa têm um papel essencial no fortalecimento do tecido social. “Elas propiciam a escuta, a fala e o acolhimento, com o objetivo de criar vínculos para que a própria comunidade tenha condições de se articular e encontrar soluções para suas demandas”, diz Patrícia.

Roda de Avaliação de Serra do Salitre (MG)

Não é raro, por exemplo, que muitas parcerias entre diferentes projetos locais nasçam a partir desses encontros. “As rodas abrem portas e fortalecem essa rede entre os participantes, porque eles percebem que estão todos juntos no mesmo barco, com um objetivo semelhante”, salienta Jennifer. “E se um deles precisa de ajuda, já sabe que pode contar com a outra pessoa que passou pela mesma dificuldade anteriormente e lhe indicar soluções”, complementa Cristina Cardoso.

“Entendemos as parcerias e sinergias já realizadas ao longo dos processos como frutos dos vínculos desenvolvidos nas comunidades a partir desse espaço aberto de partilha e, sobretudo, do exercício de perceber alternativas para suas questões e demandas.”
Patrícia Limeres, coordenadora de Relacionamento Institucional e Comunidades do Instituto Lina Galvani.