As ações do Instituto Lina Galvani em Serra do Salitre, Minas Gerais, estão movimentando a comunidade e gerando frutos a partir de projetos que foram desenhados para tratar os principais temas que surgiram no processo de construção de uma Agenda de Futuro para o município: Comunidade de Aprendizagem, numa parceria com o Instituto Natura, e Hortas Escolares. Recentemente, novas conquistas destes projetos foram adicionadas às boas notícias sobre a atuação realizada no município. Confira:

É tempo de aprendizado

Como parte do desenvolvimento do projeto Comunidade de Aprendizagem em Serra do Salitre, duas representantes do município participaram de uma capacitação em São Paulo. Por uma semana, Cristina Alves de Souza Cardoso, representante local do ILG, e a professora Luciene de Souza Borges mergulharam a fundo nos princípios que regem e dão embasamento ao projeto do Instituto Natura, conheceram a história do programa e receberam um grande aporte de referenciais teóricos e práticos.

“Foi muito enriquecedor, porque a gente vê no projeto uma chance de elevar o nível da educação em Serra do Salitre, não apenas nas questões dos indicadores de conhecimento acadêmico, mas também da relação entre a comunidade escolar e as famílias, princípio básico do Comunidade de Aprendizagem”, diz Cristina.

Além do conteúdo teórico, a capacitação incluiu um dia de depoimentos de estudantes, professores e gestores escolares, com histórias de sucesso do Comunidade de Aprendizagem em outros municípios. “Ouvi-los falando da importância do projeto e de suas experiências nos encheu de motivação para desempenhar nosso papel agora, depois da capacitação, que é o de trazer todo esse conhecimento para a nossa comunidade de Serra do Salitre e aplicar e disseminar o que aprendemos”, diz Cristina.

É tempo de plantar (e colher!)

Na Agenda de Futuro traçada pelo ILG em conjunto com a população de Serra do Salitre, entre os vários projetos que surgiram a partir dos sonhos de seus moradores para o município, um deles foi o da criação de hortas escolares. E a comunidade já colocou a mão na massa, ou melhor, na terra!

Três escolas (Professor Raul de Melo, Escola Senador Lúcio Bittencourt e Escola Estadual de Serra do Salitre) já estão com suas hortas escolares em atividade. O trabalho envolveu não apenas os estudantes, mas também professores, gestores, pais de alunos e parceiros locais. “No final de 2015, as escolas preparam o espaço para os canteiros e, nesse processo, conquistaram várias parcerias – desde recursos de empresas à doação de adubo orgânico pelas famílias dos alunos e, inclusive, o tempo dos pais para ajudar nas tarefas de preparação do terreno”, diz Cristina.

Agora, os estudantes estão começando o plantio e participando de outras ações, com a arrecadação de garrafas pet para a construções dos cercados dos canteiros e, claro, a manutenção das hortas que criaram. O objetivo é que as hortas sejam um espaço não apenas de educação ambiental, mas também de ensino para outras disciplinas, com uma aprendizagem criativa e que envolve e inspira os alunos.